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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

largaram-me a 1000 metros do chão


Largaram-me a mil metros do chão
Largaram-me porque me agarrei
numa alucinação de vida
que me enchia o coração
e que agora vejo perdida
num cair que já não sei

Largaram-me a mil metros do chão
Reparo o sol que se afasta no ar
Rasgo caminho onde o vento dormia
Adormeço sentidos no meu furacão
enquanto sol anuncia o dia
sinto o meu corpo, desamparado, deslizar...


Enquanto caía a terra rachou
e eu via a queda ainda mais funda
Ao meu lado passava tudo
o que passei comigo
a miragem que nada mudou
do voo rasante que nem começou
do tempo apressado que nem reparei
Sinto os meus gestos flutuar,
devagar no último segredo antes do ódio
À minha frente um filme de aves sem voz
*quando as ouvi resolvi gostar
*quando as senti fiquei a amar
ter tentado subir ao cimo de nós
*Amei-te do lado errado do coração
*Não sei ao que chamam lados do coração

Parte de "uma" toranja que já descasquei.

A foto foi tirada da cobertura do vigésimo sétimo andar dum edifício em Lisboa, naqueles momentos em que sentimos que estamos vivos. Sinto falta deles. Vou mudar isto.
Hoje passei grande parte do dia a conhecer outros blogs, outras histórias e outras vidas. Encontrei muitas outras pessoas com sentimentos semelhantes aos meus. A todos eles e a todos os que se sintam identificados, um bem haja, um grande desejo de boa sorte e tudo de bom! Sincero.